Nota: Esse post sobre a Serra da Canastra faz parte de uma sequência de posts com o tema ‘Ecoturismo em Minas Gerais’. Para acessar o post com o roteiro completo, clique aqui.

Já havíamos passado bem pertinho da Serra da Canastra ao conhecer Delfinópolis. Mas entrar no seu Parque Nacional e dar de frente com o paredão, é outra coisa…

Dá para ficar alguns dias na região da Serra da Canastra, vou explicar melhor as opções de passeios, mas depende muito da época que você for. Nós estávamos na época de chuvas, e por isso alguns passeios não eram recomendados por riscos de tromba d’água. É sempre bom se informar com o pessoal local, em agências ou hotéis qual a condição das estradas e das trilhas.

Paredão da Serra da Canastra

Primeiro, vamos falar de logística! Nosso principal objetivo na Serra da Canastra era ver de perto a imponente Casca D’anta que, com 186m de altura, é a maior queda do Rio São Francisco e é considerado o “berço” desse rio.

Como nosso roteiro seguiria na direção de BH, escolhemos nos hospedar na cidade de Piumhi, onde alugamos uma casa da Canyons & Canastra. Piumhi fica aproximadamente a 1h30 da entrada do Parque Nacional da Serra da Canastra.

A imponente Casca D’anta, na Serra da Canastra, tem 186m de altura, é a maior queda do Rio São Francisco e uma das maiores do Brasil.

 

Como acessar a Casca D’anta

Existem 2 opções para se acessar a Cachoeira Casca D’anta: uma delas é por baixo, que é um caminho mais acessível; a outra é por cima, em que você pode chegar por trilha, ou por veículo 4x4.

Nós resolvemos fazer a parte de baixo, pois é de onde se enxerga bem a própria queda. Atenção, pois a estrada para as 2 é diferente.

Casca D’anta, no paredão da Serra da Canastra – Dá para ver ela da estrada!

O caminho do Google Maps para a Casca D’anta leva para o acesso à parte de cima, então para seguir para a parte de baixo, não siga o Google! Siga até a cidade de Vargem Bonita, e de lá siga as placas. É fácil de chegar, e dá para ir de carro baixo. São aprox. 20km de estrada de terra, mas que na maior parte, estava em boas condições. O desafio costuma ser os últimos 100 metros, que é uma subida mais chatinha, mas é tão perto da entrada do parque que não chega a ser um impeditivo.

 

Parque Nacional da Serra da Canastra

A entrada no Parque Nacional custa R$10 para brasileiros e R$20 para estrangeiros (valores ref. Mar/2018). A trilha segue por 1,5km até a frente da cachoeira, com algumas subidas, mas sem grandes dificuldades. No meio do caminho tem uma sinalização que mostra o começo da trilha para a parte superior da cachoeira.

Uma parte da trilha segue ao lado do Rio São Francisco, que dá para entrar para tomar banho. Você percebe que está chegando mais perto da cachoeira pelo som e pelas pedras que já começam a ficar molhadas, nesse ponto a trilha requer mais atenção para não escorregar.

Casca D’anta – do meio da trilha para a parte inferior da cachoeira

Quando a avistamos, ficamos admirados. Não sei se foi só por conta da época de chuvas, mas ela estava muito forte, e o visual era incrível.

Não é permitido nadar no poço, por conta da força da água, mas para falar a verdade, chega um momento que nem dá para ir mais perto, porque tem tanta partícula de água no ar, e você já está quase tão encharcado quanto se tivesse entrado na água.

Até por conta disso, não recomendo levar câmera ou outros aparelhos eletrônicos sem uma proteção devida.

Por conta da instabilidade do tempo, resolvemos não arriscar a fazer a trilha para a parte superior, mas é algo para fazer quando voltarmos, já que a vista de lá deve ser muito bonita!

Conforme o Rio São Francisco desce a serra, ele forma um cânion, com várias pequenas cachoeiras e piscinas naturais. Além disso, também é um lugar que com alguma frequência se avistam lobos-guará, tatus, veados, capivaras e diferentes tipos de pássaros.

A trilha para a parte superior da Casca D’anta é considerada de nível difícil, com aproximadamente 3km o trecho, e tempo médio de 2hs só de subida.

Para quem não quer fazer a trilha, o melhor é alugar um 4x4 ou contratar um passeio que inclua a parte superior da Casca D’anta, mas o acesso nesses casos é pela cidade de São Roque de Minas. As opções de passeios que vimos saíam em torno de R$150 por pessoa, com duração de cerca de 6-7hs.

Rio São Francisco, com a Cachoeira Casca D’anta no fundo

 

Outras opções de atividades na região

Uma outra opção para visitar na região é a Cachoeira da Chinela, que é de fácil acesso, e tem um poço grande para banho (não fomos porque o tempo começou a fechar).

Recomendo também conhecer as fazendas de queijo da Canastra, que são famosas pela qualidade do queijo, com produção bem artesanal, e frequentemente ganham prêmios internacionais de grande peso. Nós fomos conhecer a Fazenda Capela Velha, onde fomos super bem recebidos e pudemos degustar um queijo delicioso. Uma outra opção que nos foi recomendada foi a Fazenda Capim Canastra.

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