O Brasil pode ter muitos defeitos, mas feio ele não é! Muito pelo contrário, o Brasil tem paisagens que agradam praticamente todos os gostos. Apesar de ser muito conhecido pelas praias e clima tropical, as regiões serranas e suas baixas temperaturas registradas no inverno também são muito apreciadas pelos turistas que as visitam.

Além da famosa Serra Gaúcha, que é muito conhecida principalmente pelas cidades de Gramado e Canela, vale muito a pena conhecer a Serra Catarinense. A Serra Catarinense não só é a região mais fria do Brasil, como também é um lugar com belíssimas paisagens. Um dos melhores lugares para aproveitar essa combinação é a Serra do Rio Rastro.

Para quem não conhece, a Serra do Rio do Rastro é um trecho da Serra Catarinense onde uma estrada com ziguezagues e curvas sinuosas liga a cidade de Lauro Muller a Bom Jardim da Serra. Seu mirante está a 1.410 metros de altitude e é um dos cartões postais de Santa Catarina.

A Serra do Rio do Rastro costuma ser um destino muito procurado por casais e famílias que buscam um lugar para descansar ou curtir um friozinho. Apesar disso, a Serra também proporciona uma boa variedade de atividades como caminhadas e trilhas que sempre culminam em paisagens incríveis. Desde locais acessíveis de carro a caminhadas de até 14km, são várias as opções para conhecer a região. Vamos falar de cada uma delas nos próximos tópicos.

 

Quando e Como ir para a Serra do Rio do Rastro?

Quando ir para a Serra do Rio do Rastro? O melhor é ir durante o inverno. Por quê? O principal motivo é por ser a época com menos neblina. Nos mirantes e até mesmo dentro da cidade, a visibilidade pode variar de 0 a 100, dependendo da incidência ou não de neblina. No inverno, a incidência de neblina costuma ser menor, porque o sol não aquece o solo e o suficiente para gerar tanto vapor. Isso faz toda a diferença.

Olha só a diferença das 2 fotos abaixo, tiradas no mesmo lugar, com e sem neblina:

E a neblina não atrapalha só a paisagem. Quando visitamos a Serra do Rio do Rastro em setembro, com um dos índices mais altos de neblina, era difícil até dirigir na cidade. Para você ter uma idéia, ficamos hospedados no Hotel Rio do Rastro EcoResort, em que os chalés ficam separados da recepção. Duas vezes, nos perdemos para chegar na recepção, para jantar, porque simplesmente não dava para enxergar o caminho.

Neblina pesada na estrada de Bom Jardim da Serra – que medo!

Como chegar: A Serra do Rio do Rastro está no sul do estado de Santa Catarina. De carro, são cerca de 3h30 de viagem de Florianópolis e 4h30 de Porto Alegre. É um ótimo lugar para uma parada se você planeja fazer uma ‘road trip‘ pelo Sul. Para quem vai de avião, o aeroporto mais próximo é o de Jaguaruna, a 100km de distância do topo da Serra. A LATAM e a Azul operam no aeroporto de Jaguaruna, com vôos regulares de São Paulo e outras cidades.

Para quem chega na região por avião, eu recomendo muito alugar um carro. Sem carro, suas opções de passeio ficam muito limitadas e você estará sempre refém das agências de turismo. Não tem necessidade de ser carro alto, já que a maioria dos lugares para visitação independente tem estradas boas.

Algumas pessoas têm receio de dirigir na Serra do Rio do Rastro por conta de suas curvas fechadas. Nós já fomos 2 vezes e, apesar dos ziguezagues da estrada e da inclinação, não achei a estrada perigosa. Na minha opinião, o problema é se houver neblina, e se ela estiver invadindo a pista. De resto, basta dirigir com atenção, em velocidade reduzida, e curtir a paisagem: a vista fica mais bonita a cada metro que você sobe.

Onde se hospedar na Serra do Rio do Rastro?

A cidade mais próxima das principais atrações da Serra do Rio do Rastro é Bom Jardim da Serra. Bom Jardim fica um pouco à frente do final da estrada em ziguezague, quase no topo da Serra. A vizinha Urubici também tem vários atrativos turísticos e boas opções de hospedagem. As opções de acomodação na região são várias mas não costumam ser baratas.

A opção mais “top” de hospedagem em Bom Jardim da Serra é o Rio do Rastro Eco Resort. Ficamos hospedados nesse hotel quando fomos em baixa temporada, há alguns anos atrás. O hotel é muito bom, todos os chalés contam com aquecimento e amenidades especiais, alguns incluem banheira com hidromassagem. A localização é excelente, pois fica bem no topo da Serra, em frente ao Mirante da Serra do Rio do Rastro. O hotel também oferece atividades e algumas comodidades de SPA gratuitas. É um excelente lugar para casais que procuram um lugar para um final de semana romântico, mas sem muito limite de orçamento – o valor atual de hospedagem (2018) para alta temporada fica a partir dos R$1.200 a diária.

Nossa última hospedagem, em Junho/2018, foi na Pousada Rural Vista Alegre. Por ser uma pousada nova, foi o melhor custo-benefício que encontramos. A experiência foi deliciosa! A pousada é familiar, e tudo nela é aconchegante. Os donos são super receptivos e praticamente tudo é feito por eles na área da pousada. O café da manhã é repleto de itens caseiros. Os quartos e a área comum da pousada têm aquecimento por lareira. Além disso, por ser uma pousada nova, tudo é muito limpo e novo.

Foto do quarto e da vista da janela da Pousada Rural Vista Alegre, em Bom Jardim da Serra

Além dessas 2, Bom Jardim da Serra e as cidades vizinhas oferecem diversas outras opções de hospedagem. Uma recomendação para quem fica em Bom Jardim é verificar se a pousada fica longe do centro e se oferecem a opção de jantar na própria pousada. Bom Jardim da Serra tem pouquíssimas opções de restaurantes que ficam abertos à noite, por isso jantar servido no próprio hotel costuma ser um bom diferencial.

 

O que fazer na Serra do Rio do Rastro

Cascata da Barrinha, em Bom Jardim da Serra

As atividades na região da Serra do Rio do Rastro variam de lugares acessíveis para ir de carro a outros que exigem um pouco de mais de esforço e devem ser feitos com o acompanhamento de um guia.

Exemplos de lugares acessíveis por carro em Bom Jardim da Serra são o Mirante da Serra e o Cânion da Ronda. A vizinha Urubici também tem opções de atividades nesse estilo, como o Morro da Igreja, Serra do Corvo Branco, Cascata do Avencal e Morro do Campestre.

Para quem procura atividades mais demandantes, as principais são o Cânion do Laranjeiras e o Cânion do Funil. Para ambos é recomendável o acompanhamento de um guia. O viajante tem a opção de contratar o passeio por uma agência (que normalmente inclui seguro e kit lanche) ou um guia autônomo, o que costuma ser mais barato. Nós contratamos o guia Tyago para o Cânion do Laranjeiras, que eu recomendo. Segue o telefone dele: (49) 9126.7949

Vou detalhar abaixo cada um dos lugares que visitamos nessa viagem – e também os que não fomos mas ficarão para a próxima vez:

 

1) Mirante da Serra do Rio do Rastro

Para quem sobe a Serra do Rio do Rastro, logo depois do final da subida, à direita se encontra o mais famoso mirante da região.

No dia em que chegamos, a Serra estava coberta de neblina. Foi até engraçado, porque em cima dela o tempo era de sol e céu azul. A vista do mirante era toda branca, com uma linha divisória tão nítida que parecia uma panela fervendo embaixo.

Mirante da Serra do Rio do Rastro no momento em que chegamos – neblina total, mas em cima, céu azul!

Felizmente, nos próximos dias, o tempo abriu de vez, e a visão do mirante era total. Em dias abertos, a visibilidade é bem ampla, e se enxerga tanto a estrada em ziguezague como também as cidades do vale como Lauro Muller e outras.

O fato de ser um local com visão bem ampla também faz com que o céu fique espetacular no pôr-do-sol. Apesar de vermos o sol se pondo do outro lado, a divisão de cores que começou a surgir no horizonte com o anoitecer foi sensacional.

Mirante da Serra do Rio do Rastro ao anoitecer – espetáculo de cores no céu!

Para completar a experiência, vimos até um casal de graxains-do-campo no mirante. Com hábitos noturnos, os graxains são animais típicos da região Sul do Brasil e costumam aparecer a partir do entardecer.

De dia, no entanto, o que se vê é uma invasão de quatis procurando os turistas que jogam comida para eles. Os viajantes conscientes já sabem, mas nunca é demais reforçar: nunca alimente animais selvagens. Qualquer tipo de interferência humana não planejada pode ser prejudicial para o ecossistema e para o próprio animal.

 

2) Cânion da Ronda e Parque Eólico

O Cânion da Ronda é de todos o mais acessível para quem está em Bom Jardim da Serra. Basta pegar a estrada principal em direção ao Mirante da Serra e, pouco depois dele, entrar à direita (se você estiver vindo da cidade). Tem uma placa sinalizando o acesso, onde começa um curto trecho de estrada de cascalho, que vai até uma portaria. É cobrada uma taxa de R$10,00 por pessoa para visitação.

Para explorar o parque, o visitante estaciona perto da entrada, onde tem uma escadaria de madeira à esquerda. O final da escadaria dá em um gramado onde, um pouco mais à frente, já está na borda do cânion. O visual é incrível. A vista que se tem é da mesma região que se vê do Mirante da Serra, mas de um outro ângulo. O visitante fica livre para caminhar percorrendo a borda até onde quiser.

O parque do Cânion da Ronda é um dos pontos mais altos de Bom Jardim da Serra. O pôr-do-sol de lá deve ser muito bonito também. Para quem tiver interesse em ver o nascer do sol, o ideal é acampar ou se hospedar no parque. O parque cobra um taxa de R$30 por pessoa para camping e R$50 por pessoa para os quartos. Para reservas e mais informações, falar com Jucelha (49)99129.8227 ou Jorge (49)99111.9808.

Um dos grandes atrativos desse parque é ver as enormes torres eólicas de perto. Acho que a maioria das pessoas não tem idéia de quão grande elas são. Tiramos essa foto abaixo para dar uma idéia melhor (com a torre atrás de mim):

 

3) Cânion do Laranjeiras – a 12km de Bom Jardim da Serra

Apesar da curta distância, são aproximadamente 40min de carro do centro da cidade até o local da trilha. A estrada é bem ruim. Nossa recomendação é pegar um guia para esse passeio, ir com o carro dele, e evitar problemas. A trilha não é difícil mas parece que muitas pessoas já se perderam nela, em especial quando há bastante neblina. Além disso, o início da trilha passa por uma fazenda privada. Quem vai sozinho corre o risco de chegar lá e não ter ninguém para liberar a entrada.

São aproximadamente 5km de trilha (ida e volta), sem sinalização nenhuma. A trilha começa em terreno irregular, com trechos alagados e pedregosos. O guia nos ofereceu botas de borracha por conta das poças mais fundas. Acabei preferindo ficar com minha bota de trekking impermeável, por conta do frio e do conforto.

Vista do outro lado do Cânion do Laranjeiras.

O início da trilha tem subidas e descidas, o que dá uns 40min de caminhada até a borda do Cânion. Depois seguimos contornando a borda do Cânion por mais uns 20min, passando por alguns mirantes.

Pegamos um dia lindo de sol e a visibilidade era enorme. A vista dos mirantes é de cair o queixo. Para quem curte trilhas e natureza, o passeio é imperdível!

Vista de um dos mirantes do Cânion do Laranjeiras, próximo à Serra do Rio do Rastro.

 

4) Cânion do Funil – a 35km de Bom Jardim da Serra

Infelizmente não tivemos tempo de fazer o trekking pelo Cânion do Funil. Será prioridade na nossa próxima visita à Serra do Rio do Rastro. Por esse motivo vou descrever de forma breve o que sabemos desse lugar.

O Cânion do Funil tem um visual bem interessante. Além da vista excepcional do Cânion, nosso guia nos informou que também é possível avistar o litoral catarinense lá de cima. A visibilidade, assim como em outros Cânions, costuma ser melhor no período da manhã – mas isso pode variar.

A trilha em círculo é de quase 14km de extensão. No entanto, não exige grande nível de preparo por ser na maior parte plana. Mesmo assim, todos nos recomendaram para ir com guia. A estrada de terra que liga a rodovia ao início da trilha é beeem ruim, de acordo com informação que nos passaram – não tente ir com carro baixo.

 

5) Cascata do Avencal – a 67km de Bom Jardim da Serra

A Cascata do Avencal é uma impressionante queda d’água de 100m de altura com acesso próximo a estrada SC-110, entre Bom Jardim da Serra e Urubici.

Cascata do Avencal, vista de cima

Para conhecer a Cascata do Avencal, você tem 3 opções. Em 2 delas, você terá a visão da Cascata de cima – isso porque a parte superior da cachoeira fica bem na divisa de 2 terrenos. De qualquer um deles dá para ver bem a Cascata, mas você enxerga ela de lado. Na terceira opção, você acessa a Cascata por baixo por uma trilha de 1,5km. Vamos explicar cada uma das opções com detalhes:

  • Acesso por cima 1 – Cascata do Avencal: Jogamos ‘Cascata do Avencal’ no Google Maps e foi para esse lugar que o aplicativo nos levou. Trata-se de uma área privada, com pouca estrutura mas uma bela vista da cachoeira. Pagamos R$5 para entrar e ter acesso ao mirante. O dono recepcionava todos que entravam e explicava que estava montando uma estrutura maior, onde teria tirolesa e outras atividades. O motivo era óbvio: o vizinho dele já estava fazendo isso.

Entrada da fazenda ‘Cascata do Avencal’

  • Acesso por cima 2 – Parque Cascata do Avencal: Não chegamos a entrar por esse acesso, mas me pareceu que a vista da cachoeira era bem parecida com a que tínhamos da outra fazenda. O diferencial desse parque é que já tem uma estrutura pronta, incluindo a tirolesa que passa por cima da cachoeira.
  • Acesso por baixo: Descendo a SC-110 em direção a Urubici, logo que passar o portal da cidade, terá uma entrada à esquerda. No acesso tem placa da Cachoeira e também das pousadas que estão no caminho. Até o estacionamento, são 4km de estrada de terra, passando por 3 pousadas no caminho. Por esse acesso, o viajante também passa por uma área privada, mas quando fomos não foi cobrado nada. Do estacionamento até o pé da cachoeira são cerca de 1,5km de trilha, em terreno pedregoso e em subida. Não recomendo para pessoas com dificuldade de locomoção, mas para quem tem essa disposição vale muito a pena – a trilha em si já é muito bonita com toda a vegetação.

Cascata do Avencal – a luz do sol batendo nas partículas de água que saem da cachoeira forma um arco-íris bem nítido 

Floresta no meio da trilha para a parte de baixo da Cascata do Avencal

Qual o melhor acesso para a Cascata do Avencal? Nós preferimos o acesso por baixo, mas de certa forma os 2 se complementam. Por cima, o legal é que além da cachoeira você tem a visão da floresta em volta, que é muito bonita. De qualquer forma, não deixe de visitar a Cascata do Avencal, um excelente atrativo da região da Serra do Rio do Rastro.

Vista para as montanhas da parte de cima da Cascata do Avencal

6) Morro do Campestre – a 81km de Bom Jardim da Serra

Vale do Rio Canoas, visto a partir do mirante do Morro do Campestre, próximo a Urubici.

Um dos lugares mais bonitos para contemplar o pôr-do-sol nos arredores da Serra do Rio do Rastro é o Morro do Campestre, também conhecido como Morro da Cruz. O Morro do Campestre fica a 9km de Urubici e a 81km de Bom Jardim da Serra. O acesso ao mirante é pela Fazenda Morro da Cruz, uma área privada que cobra uma taxa de R$5 pela entrada.

Chegando na fazenda, o visitante tem que subir com o carro por uma estrada de terra até um ponto onde há um estacionamento improvisado. Depois disso, o caminho segue por uma trilha até o topo.

Trilha para o topo do Morro do Campestre

Apesar de íngreme, a trilha é curta e não apresenta grandes dificuldades. E o visual compensa todo o esforço! O mirante situa-se a 1380m de altitude, onde há uma formação rochosa com um buraco que forma uma espécie de “moldura” para o belo Vale do Rio Canoas.

Pegamos um dia lindo e conseguir ver o pôr-do-sol no Morro do Campestre foi excepcional. No entanto, recomendo tentar chegar no local até as 16h, que é o horário que o sol ainda pega em todo o vale, e a paisagem fica ainda mais bonita. Além disso, será mais fácil conseguir parar o carro no topo do morro, evitando ter que subir a pé todo o trajeto. Se for possível ir em dia de semana, melhor ainda, pois o local estará menos movimentado e você terá mais liberdade de tirar fotos 360º do lugar.

 

7) Serra do Corvo Branco – a 101km de Bom Jardim da Serra

A grande “concorrente” da Serra do Rio do Rastro se chama Serra do Corvo Branco. A 28km de Urubici e a 101km de Bom Jardim da Serra, a Serra do Corvo Branco também tem uma estrada íngreme e em ziguezague que liga as cidades mais altas e frias de Santa Catarina às cidades do vale. Mas diferentemente da Serra do Rio do Rastro, eu não me arriscaria na Serra do Corvo Branco – as curvas são muito mais fechadas e íngremes, e há alguns quilômetros de estrada de terra com trechos bem ruins.

A boa notícia é que para quem não quer percorrer toda a estrada da Serra do Corvo Branco, pode ir somente até o topo conferir a vista.

Saindo de Urubici, pegue a rodovia SC-370 sentido leste (litoral). Você verá que chegando no ponto mais alto da estrada haverá um ‘vão’ com carros estacionados. Os últimos 5 quilômetros até o “estacionamento” são de estrada de chão e com bastante elevação.

A maioria das pessoas pára o carro nesse lugar, de frente para os enormes paredões rochosos de 90 metros de altura. Aqui está o maior corte já feito em rocha arenítica do Brasil.

É possível percorrer o corredor à pé até a próxima curva, onde as pessoas costumam usar o espaço como mirante para enxergar o resto da estrada e o visual das montanhas.

Um fato curioso: um dos lados do paredão tem sempre muito mais vegetação que o outro. No próprio local tem uma placa que explica melhor sobre esse fato. Basicamente ele está associado a uma inclinação rochosa do arenito, que forma o Aquífero Guarani, responsável pela umidade que permite o crescimento da vegetação do lado esquerdo.

 

8) Morro da Igreja e Pedra Furada – a 104km de Bom Jardim da Serra

Não é a toa que o Morro da Igreja é uma das principais atrações de Urubici e da Serra Catarinense. Situado dentro do Parque Nacional de São Joaquim, aos 1822 metros de altitude, o Morro da Igreja é considerado o ponto mais alto habitável da região Sul do Brasil. Como se isso não bastasse, é também do Morro da Igreja que é possível enxergar um dos cartões-postais do estado, a Pedra Furada.

Para acessar o Morro da Igreja saindo de Urubici, o viajante deve pegar a rodovia SC-370 em direção ao litoral – a mesma estrada que se usa para visitar a Serra do Corvo Branco – e entrar à direita na Estrada Geral do Morro da Igreja. No início dessa estrada tem uma placa escrita “Comando da Aeronáutica“. De acordo com o próprio site do ICMBio – administradora do Parque Nacional de São Joaquim – essa estrada é asfaltada e é de propriedade da Força Aérea Brasileira. Isso porque no topo do Morro da Igreja tem uma base do controle de tráfego aéreo de SC e RS. Por esse motivo, a passagem de visitantes só é permitida até certo ponto.

Nós infelizmente não conseguimos visitar esse ponto turístico. Quando fomos, a Estrada Geral do Morro da Igreja estava interditada por motivo de obras. Mas segue abaixo algumas informações que você vai precisar saber se quiser conhecer esse lugar:

  • O acesso ao Morro da Igreja é limitado. O alto fluxo de veículos nos últimos anos teve consequências ruins para preservação do local. Agora, os visitantes devem conseguir uma autorização para poderem subir até o Morro.
  • A autorização deve ser retirada na sede do Parque Nacional de São Joaquim, que fica na Av. Felicíssimo Rodrigues Sobrinho, 1542, em Urubici. O horário de atendimento na sede é das 8h-12h e das 14h-16h30, de segunda a sexta.
  • Para feriados e finais de semana, quando a demanda é maior, pode-se efetuar uma reserva da autorização pelo e-mail agendamentoparque@hotmail.com mas a autorização deverá ser retirada pessoalmente na sede. Para informações adicionais ligue para (49)3278.4994 ou clique aqui.
  • Não é cobrada taxa de visitação para o Morro da Igreja.
  • Mesmo durante o verão, o Morro da Igreja pode apresentar temperaturas baixas. Na dúvida, vá preparado!
  • Durante o inverno, é relativamente comum haver geada, o que pode tornar a estrada escorregadia. Dirija sempre com atenção. Dependendo das condições climáticas, a estrada pode até ser interditada.
  • Procure visitar a área em dias mais limpos para garantir melhor visibilidade. A ocorrência de neblinas é bem frequente.

Quem visita o Morro da Igreja pode aproveitar a viagem para conhecer também a Cascata Véu de Noiva. A estrada de acesso da Cascata Véu da Noiva tem cerca de 1km de extensão, saindo da Estrada Geral do Morro da Igreja. A Cascata Véu de Noiva tem 62 metros de altura e ouvimos dizer que chega até a congelar em dias muito frios.

 

9) Onde comer na região da Serra do Rio do Rastro

Em Bom Jardim da Serra, onde ficamos, não tem grande variedade de restaurantes. Dos que tem, a maioria abre só para o almoço. Se você consultar o ranking do TripAdvisor, verá que o 1º é o Mensageiro da Montanha, que é o café que fica ao lado do Mirante da Serra do Rio do Rastro. Acho um pouco supervalorizado, mas tanto os salgados quanto os pratos são gostosos! Fica aberto até as 18h30.

A 2ª posição é a Churrascaria Cascata da Serra, que para mim merecia a 1ª colocação. Durante a semana pagamos R$39,90 por pessoa por um buffet bem completo com 3 cortes de carne. Além da comida farta e gostosa, o lugar também vale a pena pela vista. Com as costas do restaurante para a Cascata Barrinhas, cercada pelos campos verdes e araucárias, a vista é sensacional. A área de trás do restaurante é acessível pelos clientes, e às vezes aparecem ovelhas, cabritos e cavalos.

Salão da Churrascaria Cascata da Serra com vista para o campo

Não tivemos a oportunidade de conhecer mas nos recomendaram o Maria’s Bistrot, um restaurante de aparência bem simples mas que serve um bom fondue. É uma das opções de restaurantes que abrem à noite. Outras opções de restaurantes para jantar são o Latitud 28, lugar para sopas, pizzas ou lanches; e o Schoko Haus, casa de chocolate que também serve pizzas.

Cascata Barrinhas, em Bom Jardim da Serra, atrás da Churrascaria Cascata da Serra.

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