Eu sempre quis ver ao vivo a Aurora Boreal. Para mim, era algo mágico, uma experiência completamente diferente, ver o céu se pintando em diferentes cores de verde, azul, rosa, roxo….

E a Islândia, aquele pedacinho de terra, formada por material vulcânico, isolada, já na entrada do Círculo Polar Ártico, também sempre me fascinou. A Islândia já estava no meu radar há algum tempo… então foi só questão de planejamento (e preparar os bolsos) para encarar essa aventura e realizar 2 dos meus sonhos de viagem.

Vou relatar nesse post toda a experiência e a estrutura da nossa viagem, mas posso dizer, logo de cara, que foi uma viagem inesquecível.

 

A Aurora Boreal

Em primeiro lugar: O que é a Aurora Boreal?

O fenômeno que conhecemos como Aurora Boreal é a consequência do impacto de partículas de explosões solares com a nossa atmosfera. Essas partículas são atraídas pelo magnetismo dos pólos; por esse motivo, quanto maior a proximidade com os pólos, maior a chance de se avistar uma aurora (boreal, no norte ou austral, no sul). Para quem “caça” as auroras também é recomendável que se faça no inverno, pois as noites são mais longas e escuras, e isso faz muita diferença para poder enxergar esse notável fenômeno.

 

Mas ela é tão sensacional assim mesmo?

Imagino que muitas pessoas – assim como eu – que viajam para os países nórdicos tenham uma expectativa muito alta em relação à Aurora. E por isso sinto que tenho a obrigação de ser bem “pé-no-chão”. A aurora é um fenômeno natural. Apesar de hoje já existirem algumas ferramentas que medem a intensidade dela, não se pode prever com muita antecedência se ela vai aparecer. Até porque não adianta nada a aurora estar “bombando” se o céu estiver encoberto.

As lindas fotos que vemos na internet desse fenômeno também nem sempre dão uma idéia boa de como é na prática. Primeiro porque algumas câmeras têm a capacidade de conseguir captar as luzes além do que os nossos olhos enxergam. Mas o principal, é porque a aurora também não é algo “fixo”. Muito pelo contrário, são luzes que podem aparecer de repente, mudar de cor, rabiscar o céu inteiro, e sumir em questão de segundos.

Avistar a aurora é muitas vezes um jogo de paciência: você pode precisar passar minutos, ou até horas – ao ar livre, no frio do inverno de um país como a Islândia – para conseguir enxergar. Nós demos muita sorte de pegar noites limpas e claras, e com forte incidência, conseguimos ver algumas lindíssimas, mas pessoas que estavam no nosso grupo, não chegaram a ver tão forte porque foram dormir mais cedo. Pessoas que foram na semana anterior à nossa não conseguiram ver nada porque pegaram o tempo fechado todos os dias.

Infelizmente não dá para garantir. Mas talvez até por isso mesmo, por ser tão imprevisível, quando você consegue, é tão emocionante. Avistar a Aurora Boreal é experimentar uma mistura de ansiedade, empolgação e fascinação. É aquela sensação de “não acredito”, e de ficar embasbacado. Você pode já estar esperando, mas mesmo assim ela te pega de surpresa. Sim, ela é maravilhosa, emocionante, incrível… ela é tudo isso! Mas a Islândia é muito mais que um lugar para ver a Aurora Boreal.

 

A Islândia

Vista da cidade de ReykjavikA capital da Islândia, Reykjavik, vista de cima da igreja Hallgrímskirkja.

A Islândia hoje é um exemplo em desenvolvimento, comunidade, IDH, várias iniciativas e indicadores sociais. Está a frente da maioria dos países europeus. Curiosamente, nem sempre o país ocupou essa posição. A Islândia já pertenceu à Noruega, à Dinamarca, sofreu com restrições comerciais, recebeu invasões de piratas, passou por graves períodos de epidemias, tudo isso aliado ao fato de ser um país com um clima muito difícil e com vários vulcões ativos, fez com que por séculos fosse um país problemático, um dos mais pobres da Europa. Felizmente, no século XX, independente, a partir da proclamação da República, e com o fortalecimento de uma economia baseada principalmente na indústria pesqueira, a Islândia conseguiu reverter o jogo. Mas as coisas funcionam de forma diferente também quando se tem uma população de pouco mais que 300 mil habitantes.

A Islândia não faz parte da União Europeia, então a moeda local é a Coroa Islandesa. É importante trocar um pouco de dinheiro pois a maioria dos locais não aceitam dólares ou euros. E preparem os bolsos; na Islândia, praticamente tudo é importado, e pelo tamanho do país, não existe escala; ou seja, tudo sai caro.

O idioma oficial é o islandês, tem aquelas palavras gigantes e difíceis de pronunciar, mas dá pra se virar bem no inglês!

O clima é uma aventura à parte. Apesar do pequeno tamanho, de acordo com nosso guia, o clima no norte é bem mais rígido que no sul, que já faz um frio considerável e é bem instável. A paisagem muda muito de acordo com o clima, a “Islândia do verão” (que ainda quero conhecer), com todo a vegetação esverdeada e lagos azuis, é completamente diferente da “Islândia do inverno”, onde predomina o branco da neve e vários lagos chegam a congelar.

Para quem quer conhecer a “Islândia do inverno” e sair em busca da Aurora Boreal, eu recomendo contratar uma agência. As condições climáticas na Islândia podem dificultar muito os passeios, a direção, e não raro estradas são interditadas, carros ficam presos na neve. Uma equipe local faz toda a diferença nessas horas, sabendo o que é seguro ou não fazer, quais passeios serão melhores nas devidas condições, e até mesmo para procurar a aurora, quais são os melhores lugares. Nós fechamos um pacote daqui do Brasil com a Terramundi, agência especializada em pacotes personalizados e não-convencionais. Sabemos que sai mais caro do que ir por conta, mas pela qualidade do serviço deles, vale muito a pena. Essa foi a nossa 6ª viagem com a Terramundi, eles são nosso principal parceiro para viagens guiadas.

 

O Roteiro

Nosso roteiro incluía 5 noites na Islândia, começando na capital, Reykjavik, e passando por uma boa parte da costa Sul, até o Parque Nacional Vatnajokull. Demos uma sorte danada com o tempo pois, 2 dias antes da nossa chegada, havia acontecido a maior nevasca na Islândia dos últimos 40 anos. Isso fez tanto com que a paisagem ficasse toda branquinha da neve, como também que limpasse o céu para os dias que passamos lá fossem dias “não-tão-frios” e noites com avistamento de Aurora Boreal. De acordo com o nosso guia, a temperatura que pegamos era relativamente alta para a época do ano – a mínima foi de -10ºC – mas mesmo assim, para pessoas friorentas como eu, o frio é intenso, e exige várias camadas de roupa.

Praça de ReykjavikPraça do centro de Reykjavik linda toda coberta de neve.

Nosso primeiro dia foi a maior parte na região de Reykjavik. A arquitetura da cidade na verdade é bem simples, bem diferente do padrão europeu, mas sem grandes prédios, e com um “ar” de cidade pequena, o que deixa ela super charmosa. Fizemos então um pequeno tour pela cidade, comemos o famoso hot-dog que é considerado por muitos o melhor do mundo, passamos em frente à Harpa, que é um Auditório/ Centro de Conferência, prédio moderno super bonito e visitamos a principal igreja da cidade, que é a lindíssima Hallgrímskirkja. À frente da igreja tem uma estátua do viking Leif Erikson, navegador conhecido por ter descoberto a América do Norte antes de Cristóvão Colombo. Dentro da igreja você tem a opção de subir até o topo, de onde se tem uma vista bem legal da cidade.

Hallgrímskirkja, igreja luterana de ReykjavikA bela igreja luterana Hallgrímskirkja na capital Reykjavik. Na frente da igreja, estátua de Leif Erikson

Saindo do porto de Reykjavik, pegamos um barco para um passeio com avistamento das baleias Minkes. No barco faz tanto frio que eles nos deram uma roupa especial para vestir. O passeio é muito bonito, com a vista da Islândia a partir do oceano. Infelizmente nesse dia as baleias não quiseram aparecer. O avistamento não é garantido, eles não devolvem seu dinheiro, mas recebemos um voucher que vale por um novo passeio com validade de 1 ano.

Passeio de barco na IslândiaVista das montanhas nevadas da Islândia de dentro do barco

O último passeio desse dia foi a Lagoa Azul, uma das atrações mais famosas da Islândia. A Lagoa Azul é uma estação termal, construída artificialmente, mas com águas aquecidas por conta de uma estação geotérmica localizada em cima de um campo de lava. As piscinas tem água limpa, à temperatura de cerca de 38ºC, e rica em minerais como a sílica, e por esse motivo dizem que os banhos nesse lugar não só revigoram mas também fazem bem para a pele.

A empresa ‘Blue Lagoon’, responsável pela administração do local, montou uma estrutura para visitantes, e oferece pacotes a partir de 6690 coroas (aprox. USD 67,00 – valores ref. a 2017). O pacote mais simples te dá acesso às lagoas, direito a uma toalha, e permite que você possa usar a estrutura deles para se trocar, tomar banho e guardar seus pertences. No complexo também tem um restaurante e hotel para quem quiser se hospedar lá. É um lugar muito turístico, sem dúvida, mas o banho relaxante naquelas águas quentes é delicioso, sem falar do visual das piscinas com o vapor saindo da água em meio a uma paisagem coberta de neve.

Blue Lagoon, na IslândiaRelaxando na Lagoa Azul

Nossa experiência na Lagoa Azul não só foi deliciosa, como também nos trouxe uma grande surpresa. Depois de sair do banho, quando estava me servindo um lanche na cafeteria da ‘Blue Lagoon’, nosso guia chega correndo e diz “deixa o lanche aqui, tem aurora lá fora!” e eu, “como assim?? são só 7hs da noite!”. “Vai lá, corre, eu levo pra você”, ele disse. E lá estava ela!!! Uma linha verde que saía do horizonte, e se perdia na imensidão de um céu todo estrelado. “Nossa primeira aurora”, eu pensei! A emoção foi demais, todo mundo olhando para o céu, fascinado, em uma noite que nem estava previsto procurarmos por ela, no início da noite, quando nem estava ainda muito escuro. E ela durou, por tempo suficiente para ficarmos observando, felizes da vida de já ter garantido uma noite de aurora!

Aurora Boreal na IslândiaAurora Boreal! Foto de Claudia Bernasconi e Edu Fullen

No caminho de volta para Reykjavik, paramos algumas vezes no nosso processo de “caça à Aurora Boreal”. Normalmente os guias buscavam nos levar para lugares mais remotos, onde a visibilidade era maior. Tentamos tirar várias fotos…. inutilmente… com minha câmera regular, celular, com app, sem app… Como não pensei nisso antes?? Fotos noturnas são super complicadas, normalmente requerem câmeras profissionais… felizmente algumas (poucas) pessoas no nosso grupo conseguiram registrar esse momento.

À medida que nos aproximávamos de Reykjavik, no entanto, ficava mais difícil de enxergar, muito por conta das luzes da própria cidade, que ofuscam o brilho das luzes naturais. Apesar disso, no dia seguinte, descobrimos por uma colega do nosso grupo que a aurora apareceu em Reykjavik as 3hs da manhã!

No 2º dia de viagem partimos de Reykjavik para Thingvellir, um Parque Nacional que tem importância histórica por conta de ser o local do antigo Parlamento Nacional, e também o local onde foi proclamada a independência da Islândia. Além da importância histórica, esse lugar também atrai muitos turistas por conta das impressionantes formações de lava e por ser o único local lugar do mundo onde é possível ver a divisão de 2 placas tectônicas, a norte-americana e a euroasiática.

Thingvellir, onde ocorre a separação das placas tectônicasNa Islândia e, ao mesmo tempo, na América: No Parque Nacional de Thingvellir você consegue ver a separação das duas placas tectônicas

Nossa segunda parada foi no restaurante Friedheimer, um local que é, na verdade, destinado à plantação indoor de tomates. O solo e o clima na Islândia tornam inviáveis a plantação regular de praticamente qualquer coisa. Essa família descobriu uma forma de plantar tomates em uma grande estufa, com controle de temperatura, umidade, entre outros fatores, e teve a genial idéia de abrir no espaço um restaurante para servir as pessoas. Um dos pratos mais populares é a sopa de tomate.

Fridheimar tomato restaurant, IcelandRestaurante Friedheimer com sua gigantesca plantação de tomates indoor.

A próxima parada foi numa das mais famosas cachoeiras da Europa, a Gulfoss, que significa Cascata Dourada. A cachoeira é alimentada pelo desgelo do glaciar Langjokull, e o volume de água é tão imenso, que mesmo a essa distância da foto, era possível sentir os respingos de água.

Gulfoss, uma das mais impressionantes cachoeiras da IslândiaA impressionante Gulfoss – dá para ver um pequeno arco-íris formado pelas milhares partículas de água no ar

Nessa mesma região, que é chamada de Círculo Dourado, está o Geysir, que para quem não conhece é uma nascente termal que espirra água e vapor com uma certa frequência.

Os gêiseres são resultados da alta pressão do vapor formado pela água dos lençóis freáticos aquecida pela lava vulcânica. A água sobe violentamente quando o espaço abaixo da terra que ocupava não aguenta mais a pressão, e pode alcançar vários metros de altura; sempre em altíssimas temperaturas, por isso é muito importante manter distância de um gêiser.

Os gêiseres não são exclusivos da Islândia, talvez você já tenha visto algum em Yellowstone, no deserto do Atacama, na Nova Zelândia… Porém o que descobrimos nessa viagem é que a própria palavra Geysir, é islandesa, e tem origem nessa exata nascente, que leva o próprio nome Geysir.

GeyserExplosão do Geyser

Após os passeios na região do Círculo Dourado, seguimos para a cidade de Hella, onde passaríamos a pernoite no excelente hotel Stracta Hotel Hella, e procuraríamos por mais uma Aurora Boreal.

Uma dica para quem quer acompanhar as ocorrências de Aurora Boreal na Europa é olhar sites como o Aurora Service, que mostram o indicador de “kp”. Basicamente quanto maior o “kp”, maior a incidência da aurora naquela região, e maior o raio de visibilidade que ela atinge. Nossos guias acompanhavam esses indicadores diariamente para determinar os dias que faríamos a “caça à aurora boreal” (que no final foram quase todos).

O bacana do Stracta Hotel é que a maioria dos quartos são separados, como se fossem pequenos chalés. Apesar de você precisar enfrentar o frio para ir da recepção para o quarto, se você está no quarto e descobre que a aurora está ativa, você sai do quarto e já está ao ar livre! E foi exatamente o que aconteceu! De repente o pessoal começa a avisar que estão vendo a aurora, saímos correndo para ver. E realmente ela estava linda! Mais forte que no dia anterior!

Aurora Boreal na Islândia Aurora Boreal na IslândiaMais uma noite de Aurora Boreal. Fotos de Claudia Bernasconi e Edu Fullen.

Começamos nosso 3º dia de Islândia conhecendo a Skógafoss, linda cachoeira que é uma das mais altas da Islândia – tem 60m de altura – e você pode subir do lado dela e ver ela de cima!

Skogafoss, IcelandVista de cima da cachoeira Skógafoss.

Em seguida fomos em um dos meus lugares favoritos que conheci na Islândia – as praias de areia negra de Reynisfjara! Além do visual da própria praia cheia de pequenas pedras vulcânicas, logo abaixo da montanha, as colunas de pedra de basalto formam um recuo, uma caverna com visual espetacular, é tão “quadradinho” que é difícil acreditar que é uma formação natural! E no mar se tem as formações chamada de Reynisdrangar, ao lado das montanhas, a que são associadas várias lendas. Ao lado da praia de Reynisfjara está a charmosíssima Vila de Vík, um vilarejo entre as montanhas com vista para as formações Reynisdrangar.

Reynisfjara, Islândia Efeito incrível do interior da caverna formada pelas colunas de basalto na praia de Reynisfjara, Islândia

Reynisfjara, Islândia Colunas de basalto formando uma caverna na Praia de Reynisfjara, Islândia

Black Sand Beach, IcelandReynisdrangar, formações de basalto na praia de areias negras de Reynisfjara

Das areias negras de Reynisfjara fomos para imensidão azul e branca da Glacier Lagoon, um lago glacial – que estava parcialmente congelado – e que é repleto de pequenos icebergs, pedaços do Glaciar Vatnajokull que se soltam e vão parar no lago. Mas – logo você percebe que esses icebergs não ficam por muito tempo no lago. Aos poucos eles seguem em direção ao mar. E assim, mais adiante, você se depara com a Diamond Beach – uma praia em que você literalmente anda entre os icebergs! Tudo isso está dentro do Parque Nacional Vatnajokull – um lugar imperdível!

Lagoa de icebergs, IslândiaGlacier Lagoon, Islândia

Lagoa de icebergs, Islândia Icebergs na Glacier Lagoon, Islândia

DIamond beach, na IslândiaIcebergs que vão parar nas areias negras de Diamond Beach

De lá seguimos para o Fosshotel Glacier Lagoon, mais uma vez, acompanhando os “kp’s” pela internet, com grande expectativa para mais uma noite com Aurora Boreal! O hotel ficava literalmente no meio do nada, do lado de fora só se enxergava as montanhas de um lado e o mar de outro – o que era ótimo!

Quando começou a escurecer, o céu já começou a mostrar uns tons esverdeados, que ficavam um pouquinho mais fortes de vez em quando, e depois voltavam a ficar mais fracos. A noite foi longa, jantamos no hotel, sempre com alguém do grupo de olho na parte externa, mas sem muita mudança no visual.

Depois das 22hs, algumas pessoas começaram a se sentir cansadas e, aos poucos, o pessoal começou a desistir. No final, ficamos 5 “sobreviventes”‘ que se revezavam para olhar a área externa enquanto os outros ficavam na recepção quentinha do hotel.

Acho que já era próximo da meia-noite quando alguém viu um clarão mais forte que resolvemos todos ir olhar. Nesse momento, o céu se iluminou inteirinho. Diferentes tons de verde e rosa tomaram conta do céu, começando a rabiscar de forma rápida e descontrolada como uma criança desenhando numa folha sem muita coordenação. Foi tudo muito rápido, mas foi de uma empolgação geral. A gente gritava e apontava para todos os lados ao mesmo tempo. Foi inesquecível. Nunca tinha visto nada igual e nunca imaginei que seria assim.

Essas “explosões de aurora” se repetiram mais umas 2 vezes nessa noite, até irmos dormir. A última delas deu pra ver do quarto, a janela era grande e assisti deitada na cama.

Aurora Boreal na IslândiaAurora Boreal, uma das mais fortes que vimos! Foto de Claudia Bernasconi e Edu Fullen

No nosso último dia inteiro na Islândia a atração principal era a caminhada no glaciar Solheimajokull. Eu já havia feito uma caminhada em um glaciar na Argentina, o Perito Moreno, mas acredito que cada um é diferente do outro. Quem tiver na Islândia por conta própria, recomendo procurar uma das empresas credenciadas no Skaftafell National Park para fazer essa atividade. Normalmente as empresas fornecem todo o equipamento, como grampos e capacete. Mas é recomendável as pessoas estejam usando tênis ou bota de trekking.

Glacier Walk em Solheimajokull Caminhada na neve em direção ao Glaciar Solheimajokull, na Islândia.

Glacier Walk em SolheimajokullVista de cima do Glaciar Solheimajokull

O trekking no glaciar é um pouco íngreme mas sem grandes dificuldades. Até chegar no glaciar tem uma pequena caminhada pelo lago – que estava congelado. O visual do glaciar é muito bonito, passando por alguns paredões de gelo, e com diferentes variações de azul e as pontas escuras, marca da poeira natural.

Glacier Walk em SolheimajokullParedes de gelo no Glaciar Solheimajokull

Já no retorno a Reykjavik, nossa última parada foi em Seljalandsfoss, uma bonita cachoeira em que um dos atrativos é poder passar por trás da queda da água para dentro de uma pequena caverna e olhar para a cascata de dentro para fora. Infelizmente nesse dia o chão estava muito escorregadio com todo o gelo e por isso a passagem para a parte interna foi fechada, então olhamos ela só de fora mesmo!

Seljalandsfoss waterfall in icelandic winter
Cachoeira Seljalandsfoss, Islândia

Com o término dos passeios programados, voltamos para a capital Reykjavik, onde ficamos hospedados no excelente Fosshotel Reykjavik, e aproveitamos para curtir mais um pouco dessa agradável cidade! No dia seguinte embarcaríamos cedo num vôo de volta para Londres.

Os últimos dias foram inesquecíveis! É impressionante como a Islândia, com seu tamanho tão pequeno, conseguiu nos propiciar momentos tão extraordinários. Pela própria paisagem natural do país, tão diferente e tão bonita, e também pela inesquecível experiência de ver a Aurora Boreal, uma mais forte e colorida que a outra.

Saímos apaixonados pela Islândia. Isso que nosso tour cobriu só a parte Sul; sabemos que tem muitos lugares bonitos para conhecer mais para o Norte também, mas fica para uma outra viagem! 😉

Islândia do avião

 

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4 Comentários

  1. Luís Lobo

    Olá, quando vocês fizeram essa viagem? Em qual mês?

    Responder
    • mariana.in.flipflops

      Olá Luis!
      Fizemos em fevereiro – no final no inverno. Depois disso já fica bem mais difícil para ver a aurora.
      Abraços!

      Responder
  2. Danilo

    Sensacional!

    Responder
    • mariana.in.flipflops

      Que bom que você gostou, Danilo! Você já foi pra Islândia? Tem vontade de conhecer? Abs

      Responder

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